O piloto Túlio Taniguchi está representando Avaré no maior rally da América Latina, o Rally dos Sertões, edição 2020. Além da cidade, Túlio também estará representando a C3Motopeças, da qual é proprietário e também mecânico.
Ele compete com uma moto KTM450EXC, de fabricação austríaca preparada para Rally, pela Categoria Moto3 (categoria de acesso) num percurso de 4.700 km de São Paulo ao Maranhão. Serão 7 dias cruzando o Brasil, mas para quem acha que Túlio só irá acelerar, ele também estará dando apoio mecânico aos pilotos da sua equipe, a MultRacing Preparações e Suporte Off-Road.
Além do trabalho de mecânico na C3Motopeças, aos fins de semana faz um trabalho de guia e instrutor off-road. “Tenho três amigos/clientes que resolveram fazer o Rally esse ano e fui contratado para ser piloto de apoio da equipe. Vou dar todo o apoio mecânico para os pilotos da Equipe Multiracing (12 pilotos no total) durante o trajeto. Se eu encontrar alguém parado, ajudo e conserto a moto no meio do Rally. E sigo tentando obter colocações”, destacou Túlio ao jornal A Comarca.
RALLY DOS SERTÕES – A largada do Rally dos Sertões ocorreu no sábado (31), com saída de Mogi Iguaçu em direção ao Distrito Federal, passando por Goiás e Tocantins para finalizar na cidade de Barreirinha no Maranhão.
A 28ª edição do maior rally das Américas largou com um grid de respeito. São 63 Motos/Quadriciclos; 40 Carros, 55 UTVs; 20 Regularidade e 55 Light, a nova categoria de 2020 e 56 equipes. No total são 403 inscritos vindos de 21 Estados e o DF, representantes de 206 cidades brasileiras. A prova acontece de 30/10 a 07/11, que teve largada inédita ocorrida no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu a 180km de SP, e chegada também será inédita em Barreirinhas (MA), após quase 5 mil km de percurso, cruzando cinco estados e o DF.
Além de brava competição, o evento é também uma grande lição. Competidores de todas as partes do mundo se deparam com uma realidade desconhecida e com paisagens jamais vistas. Quanto maior a dificuldade, maior o prazer em vencê-la. O contraste entre o cenário e os personagens é grande. Basta imaginar a passagem de máquinas possantes, velozes e de alta tecnologia envolvida, por caminhos onde, muitas vezes, nem sequer ainda trafegam carros de boi.
Realidades que se misturam de um jeito muito forte e marcante. Os corredores, cobertos de poeira e cheios de garra, emocionam-se com a corrida em si, mas também com a acolhida que recebem. E aprendem muito a respeito do sertanejo que, como dizia o escritor Euclides da Cunha, “é, antes de tudo, um forte”
“Poeira, lama, calor de derreter os miolos ou frio úmido, nas madrugadas, estradas de asfalto e terra, picadas na mata, desfiladeiros e planícies. Atravessar grandes cidades e pequenos vilarejos, em contato com povos hospitaleiros e de uma simplicidade emocionante”, destaca o piloto avareense.