Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prenderam na quinta-feira, 03/09, durante diligências nas cidades de Barra Bonita/SP e Botucatu/SP, quatro suspeitos de tirar a vida do idoso Romano Pinho, de 68 anos, encontrado morto, no último dia 24 de agosto, no local onde morava, um barracão abandonado da Avenida Joselyr Moura Bastos, em Avaré. A vítima estava amarrada com arame, amordaçada e com um ferimento profundo na testa. O crime é investigado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Os suspeitos – três homens e uma mulher – estão sob custódia temporária, pelo prazo de 30 dias. Eles foram interrogados e posteriormente removidos para a Unidade de Transição de Presos de Piraju/SP e a Cadeia Feminina de Cesário Lange/SP, respectivamente. As prisões poderão ser prorrogadas por igual período ou, ainda, serem convertidas em preventivas.
Desencadeada menos de 10 dias depois do encontro do corpo da vítima, a ação que resultou na prisão do grupo contou com o apoio de policiais civis da Delegacia de Igaraçú do Tiete, e também equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Guarda Civil Municipal de Botucatu.
De acordo com o delegado Fabiano Ribeiro Ferreira da Silva, a DIG de Avaré iniciou o trabalho de investigação logo após o crime. As primeiras testemunhas ouvidas no caso disseram que cerca de um ou dois dias antes da vítima ser encontrada no barracão, viram pelos menos cinco pessoas saindo do local, entre eles uma mulher de pele morena e um cadeirante.
Posteriormente, ainda segundo o delegado, foram checadas imagens de câmeras de monitoramento e vigilância existentes na área. Por meio delas foi possível identificar o cadeirante, indivíduo sem domicílio certo, e conhecido na região de Botucatu por ter vida nômade, à beira de rodovias.
Com base nessa primeira descoberta, equipes da DIG vasculharam algumas cidades à procura do suspeito, e acabaram por localizá-lo em Barra Bonita. Ele estava na posse do telefone celular da vítima. Na sequência do trabalho de campo, outros três envolvidos no crime também foram encontrados.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a motivação do crime foi esclarecida. A vítima teria oferecido pernoite ao grupo e foi morto para que os quatro e mais um homem ainda não identificado subtraíssem seus pertences, entre os quais o telefone celular e uma quantia em dinheiro.
A Polícia Civil agora trabalha para individualizar a conduta de cada um dos presos, bem como localizar e prender o último suspeito de praticar o crime.
Segundo informações do inquérito policial, Romano Pinho, conhecido como “Paraná”, trabalhava como “chapa” em um posto de combustível que fica próximo do barracão abandonado que era utilizado por ele como moradia. Ele residia sozinho no imóvel.