População continua insatisfeita com situação de banheiros públicos em Avaré
Da Redação
Quem precisa utilizar banheiros públicos em Avaré continua encontrando uma situação pouco agradável. A Comarca esteve em banheiros localizados em diversas praças de Avaré e pôde constatar problemas como falta de torneiras, portas quebradas, pichações, mau cheiro, além da ausência de papel higiênico.
O caso já foi abordado na edição nº 993, de julho de 2013. Na época o secretário de Obras e Planejamento de Avaré, Paulo Ciccone, afirmou que a reforma dos banheiros seria uma prioridade do governo Poio.
De acordo com entrevistados, a situação merece uma atenção especial. “São poucos banheiros, os que existem estão sempre sem papel e sabonete, com péssimas condições de higiene. Já perdi a conta de quantas vezes entrei em lojas para comprar alguma ‘coisinha’ só para poder usar o banheiro”, comenta Cláudia Fonseca.
Outros ouvidos pela reportagem sugerem uma solução. “É simples, basta deixar alguém trabalhando o dia inteiro nos banheiros. Assim ninguém iria fazer bagunça”, analisa a estudante Karina Alves.
Usuários também criticam certas atitudes. “É claro que a Prefeitura tem sua parcela de culpa, mas os banheiros ficam assim por causa da falta de educação do povo, que quebra vidros, portas, picha, faz xixi e ‘outras coisas’ no chão”, frisa a balconista Fernanda Costa.
A situação, que se arrasta há anos, prejudica ainda deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida, já que apenas um sanitário situado no Terminal Urbano possui acessibilidade.
POUCOS BANHEIROS – A pequena quantia de banheiros na cidade também é alvo de crítica. Apesar de ter quase 90 mil habitantes, o município conta com banheiros públicos em apenas cinco locais. Além do já citado, eles estão no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Mercado Municipal, Largo São João e Largo Santa Cruz.
Algumas pessoas frisam a importância de sanitários públicos em bairros distantes do centro e que atendam as feiras livres que ocorrem aos domingos (na Avenida Paranapanema) e às sextas-feiras (na Praça Romeu Bretas), já que concentram um grande número de pessoas, entre adultos, idosos e crianças.
DEMOLIÇÃO – O número de sanitários era maior, mas em maio deste ano a Paróquia São Benedito decidiu demolir os banheiros existes no largo da igreja, cumprindo uma decisão do Ministério Público (MP).
O fato foi publicado na edição 1033 da Comarca. De acordo com o pároco da São Benedito, Ademar Domingos Roma, a igreja não teria condições de arcar com os custos de manutenção do banheiro. O padre destacou também que durante a missa ou em festas promovidas pela paróquia os fiéis utilizam o banheiro do salão.
A decisão do MP previa a adequação ou demolição dos banheiros existentes no Santuário. No entanto, mesmo estando em desacordo com as normas vigentes de segurança e acessibilidade, os sanitários devem ser mantidos até que a Prefeitura construa novos sanitários na Praça Romeu Bretas (Concha Acústica), o que deve ocorrer apenas na remodelação na praça que será feita com verbas do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade).
OUTRO LADO – Em nota, a Prefeitura informou que “após aprovação do Comtur e do Condephac em Audiência Pública realizada nesta semana, foi aprovado o projeto de restauração da Praça Romeu Bretas (Concha Acústica) onde a Prefeitura prevê a construção de banheiros com acessibilidade. Esses banheiros vão substituir os da Praça Padre Tavares, os quais por ordem judicial a igreja terá de ser demolidos”.
O comunicado diz ainda que em relação aos sanitários do Largo São João e do Mercado Municipal, “serão incluídos projetos para a execução de obras nos investimentos do Dade para 2015”.