A queda nos índices da pandemia do coronavírus em Avaré está provocando um quadro preocupante: o aumento de aglomerações em estabelecimentos comerciais noturnos e as organizações de eventos conhecidos como baladas e festas do tipo “Rave”.
Criado para auxiliar no combate e na prevenção da pandemia, o Projeto Força Tarefa, que reúne representantes da imprensa local, Polícia Militar, Polícia Civil, Vigilância Sanitária, Prefeitura, Associação Comercial (ACIA), OAB, empresários, comerciantes e munícipes em geral, está se mostrando preocupado com a falta de fiscalização por parte dos poderes públicos competentes.
A denúncia da realização de uma festa ocorrida no final de semana prolongado, em uma chácara na zona rural de Avaré, levantou a questão junto ao Projeto Força Tarefa do por que não estar havendo blitzes pela cidade como foi feito no ápice da pandemia nos meses de junho e julho.
De acordo com as medidas de segurança em vigência, as festas com público só são permitidas com o devido distanciamento entre mesas, com todos os convidados sentados e sem que haja dança, além dos protocolos já exigidos como uso imprescindível de máscaras e álcool em gel.
Na segunda-feira, dia 6, véspera do feriado, a denuncia da realização de uma festa “Rave” se espalhou entre o grupo de Whatsapp do Projeto Força Tarefa. Foi pedido para que autoridades competentes fizessem uma verificação no local, mas as respostas apresentadas apontaram para uma questão preocupante que comprometer os índices da pandemia.
ARQUIVAMENTO – Da parte do policiamento militar houve respaldo no sentido de dar apoio à equipe de fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal (Visa) em uma eventual “batida”. Mas a resposta dada pela PM em relação às ocorrências registradas anteriormente foi desanimadora. “A Polícia Militar não está atuando nesses casos sem a presença da Visa. As operações realizadas com elaboração de boletim não deram resultado junto ao judiciário e Ministério Público. Os casos foram arquivados”.
O representante da PM declarou ainda que possui cópias das decisões tomadas pelo judiciário, e que prefere não julgar o mérito do arquivamento. “Como o entendimento foi por arquivamento, eles entenderam que não houve crime. Se não tem crime, a PM não pode fazer nada, mas vamos continuar atuando estritamente no apoio da Visa”.
“SENDO RESOLVIDO” – A questão da falta de fiscalização a aglomerações por parte da Visa Municipal foi levada até a Secretaria Municipal da Saúde, mas a resposta dada pelo oficial de expediente não foi nada concreta. “Em atenção a solicitação do Jornal In Foco, venho a pedido do Secretário Municipal da Saúde informar que já está sendo resolvido”.
A pasta da Saúde, responsável pelas atuações das equipes da Visa, não informou se haverá novas blitzes pela cidade com vistas a aglomerações e desrespeito às regras de distanciamento.
VARIANTE DELTA – Enquanto ocorrem esses “contratempos”, os casos de contaminação pela variante delta vêm crescendo e atingindo cidades da região. A delta é classificada como “variante de atenção” pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção, por exemplo. Por isso, a Secretaria Estadual de Saúde reforça que é necessário manter os protocolos sanitários para evitar a disseminação da Covid-19, principalmente combatendo as aglomerações em festas clandestinas.