Santander responde a Moção de Repúdio na Câmara
Da Redação
Um ofício elaborado pelo Chefe do Escritório de Relações Institucionais de Brasília, Marcelo Sperandio, enviado à Câmara Municipal de Avaré, apresenta resposta à Moção de Repúdio aprovada pela Casa de Leis contra a instituição bancária em razão da exposição “Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, exibida durante o mês de agosto no Santander Cultural, em Porto Alegre.
Composta por 264 obras, a exposição ganhou repercussão nas redes sociais por ter alegações genéricas de apologia a pedofilia e zoofilia. Por conta de boicotes, o Santander interrompeu a exposição antes do prazo previsto, que seria em outubro.
DECISÃO – Segundo o ofício protocolado na Câmara, o Banco Santander afirma que “não defende ou propaga outra ideologia em valor da crença e destaca que tem como único intuito em patrocinar o referido Centro Cultural em busca de um espaço neutro e de convívio”.
A instituição esclarece ainda que “…ao constatar a discórdia na sociedade, foi decidido o encerramento da obra em 10 de setembro. A decisão foi tomada para que o Centro Cultural não servisse de palco para violência e agressões”, acrescenta.
O ofício ainda aborda a visita dos promotores do Ministério Público do Rio Grande do Sul e representantes da Vara de Infância e Juventude, “os quais constataram a ausência de sugestão ou incitação à pedofilia”.
“Dessa forma, nos colocamos à disposição para qualquer outro esclarecimento que se faça necessária, pois apoiamos sempre o diálogo, a compreensão e a boa-fé”.
REPÚDIO – De autoria do vereador Cabo Sérgio, a Moção de Repúdio alegava que a exposição afrontava abertamente os valores morais da sociedade e da maioria dos cristãos do nosso país, “sob o pretexto de incentivo à cultura”.
Na sessão em que a Moção foi apreciada, o autor da propositura afirma que repudia “veemente esse comportamento que agridem a moral e os bons costumes. Esse tipo de obra deve ser direcionada apenas aos minúsculos grupos que as apoiam”, destacou.
A moção foi aprovada e apenas os vereadores Estati, Barreto do Mercado e Ernesto Albuquerque votaram contra. O vereador Ernesto questionou o fato de a exposição inteira ter sido censurada, sendo que não foram todas as obras questionadas pelo seu conteúdo.