Diferente de outras localidades, Avaré não costuma celebrar a data de sua emancipação como município, transcorrida nesta quarta-feira, 7 de julho. As comemorações se concentram em 15 de setembro, festa litúrgica de sua padroeira, Nossa Senhora das Dores, simbolicamente fixada como a data de sua fundação.
A emancipação, ou seja, a autonomia política e administrativa deu-se através da Lei nº 15, sancionada pelo presidente da Província de São Paulo, no dia 7 de julho de 1875, data em que o Distrito do Rio Novo, primeiro nome de Avaré, teve seu território desligado de Botucatu e assim foi autorizado a eleger seus próprios governantes.
Entretanto, há onze anos, o ex-prefeito Rogélio Barcheti propôs e a Câmara de Vereadores aprovou a Lei Municipal nº 1.176, em 12 de maio de 2009, que fixou as datas da formação histórica da antiga Vila do Rio Novo, com base em fontes documentais e determinou a celebração do “Dia de Avaré” em 7 de julho. Porém, por pressões políticas essa legislação acabou revogada e tudo caiu de novo no esquecimento.
“Comemorar a emancipação, a exemplo do que acontece na maioria das cidades brasileiras, seria oportuno para estimular cada avareense a pensar nos valores do município não somente como unidade político-administrativa autônoma, mas também como a terra pela qual se deve trabalhar para se conviver em harmonia e com dignidade”, afirmou o pesquisador Gesiel Júnior.
“Infelizmente quando há desinteresse dos governantes a memória histórica é relegada a segundo plano”, lamenta o pesquisador, ao apontar que hoje isso não é diferente, já que a maioria dos dirigentes não se interessa por conhecer as próprias raízes.
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