Erosão na Gilberto Filgueiras
Técnicos acreditam que implantação de galerias termina em 3 meses
Cronograma do projeto previa que obra demoraria um ano, mas serviços deverão ficar prontos antes do previsto; rua que deu origem à erosão será entregue pavimentada
Da Redação
A obra de contenção e recuperação da erosão na Avenida Gilberto Filgueiras já é, seguramente, o maior projeto de combate a enchentes desde a implantação das famosas galerias no Largo do Mercado, durante a gestão do então prefeito Miguel Paulucci (1993/1996).
Totalizando quase R$ 2 milhões em investimentos, mais de um quilômetro de linhas de tubulação subterrâneas, bocas-de-lobo, reconstrução de parte da avenida, entre outras melhorias, a obra resolve parte do problema de escoamento e destinação de águas pluviais em parte da região que compreende o bairro Jardim Boa Vista e adjacências.
Técnicos responsáveis pela execução da obra ouvidos pela Comarca disseram que, segundo o cronograma do projeto, a estimativa de prazo era de pelo menos um ano – mas a expectativa é que seja entregue pronta até julho.
Antes da obra, todo o volume de água que descia dos bairros mais altos escoava direto para a avenida, e acabava aumentando a cratera que ameaçava levar parte da via, além de levar toneladas de terra e entulho para o Ribeirão Lajeado, no trecho próximo à Rodovia SP 255, ameaçando criar um enorme problema ambiental em virtude do assoreamento daquele manancial.
APOIO – A enorme erosão começou ainda na gestão de Rogélio Barcheti (2009/2012), e chegou até o governo Poio Novaes como uma enorme “herança maldita”. Por anos o problema virou manchete em vários jornais (inclusive na Comarca), além de notícia em telejornais.
O início das obras foi uma boa notícia, e foram viabilizadas através de recursos do Governo do Estado, em convênio com a Prefeitura e apoio da iniciativa privada, no caso, a Inroda.
A Comarca teve acesso ao projeto executivo da obra que prevê ainda a pavimentação da via onde hoje se localiza a erosão. A obra contempla ainda a implantação de galerias pluviais do acesso nas ruas Elizabeth Jesus de Freitas e Antônio Forte até a confluência com a Rua Constantina Martins Rodrigues.
A tubulação atravessa ainda o terreno afetado pela fenda e segue até a marginal da Rodovia João Mellão (SP-255). O empreendimento, que teve início em meados de março, deve ser finalizado em meados de julho. Mais da metade do projeto já foi executado. Infográfico exclusivo produzido pelo Departamento de Arte da Comarca registra, nesta página, a extensão e os detalhes da obra.
PARCERIA – Uma parceria entre a Prefeitura a iniciativa privada possibilitou que o projeto chegasse ao Ribeirão Lajeado, que receberá toda a água captada.
A primeira etapa do projeto, que prevê a canalização da erosão, a implantação de sistema de captação de águas pluviais e a pavimentação da Rua Constantino Martins Rodrigues, via que ficará sobre a antiga cratera e dará acesso à Rodovia João Mellão (SP-255), está sob a responsabilidade da municipalidade.
A outra etapa é coordenada pela empresa Ser Rio por meio de parceria com a Inroda, proprietária do terreno. A empresa é responsável pela canalização que vai até o Ribeirão Lajeado, trecho de aproximadamente 600 metros às margens da SP-255. A etapa, orçada em R$ 700 mil, é custeada pelas empresas. A fase deve ser entregue até maio.
Após a conclusão das benfeitorias, a Ser Rio e a Inroda devem dar início aos trâmites para implantação de um conjunto habitacional na área.