AcontecendoVereadores apoiam servidores que seriam alvos de supostas perseguições da atual administração

A Comarca26 de novembro de 20186 min

Vereadores apoiam servidores que seriam alvos de supostas perseguições da atual administração

Da Redação

As críticas sobre supostas perseguições da Prefeitura aos servidores públicos continuaram sendo tema de debates na Câmara de Avaré. Recorrente tema abordado pelos vereadores da oposição, teve seu apogeu com a abertura da CP protocolada por Priscila Canovas (ver nessa edição).

Para boa parte dos parlamentares, a conduta do prefeito Jô Silvestre tem rompido com os princípios de Ética da Gestão Pública, visto que supostamente tem transferido funcionários de setores em decorrência de desafetos pessoais. No mês passado, o chefe do Executivo foi chamado de “coronelzinho” por Marialva Biazon.

TOMA LÁ-DA-CÁ – Em seu discurso de Palavra Livre, a tucana não poupou palavras para demonstrar indignação frente às ações da atual gestão. “Vemos que entre os mais de 2 mil funcionários da Prefeitura, pelo menos em todos os setores há indícios de perseguição. Pelo menos um ou outro está sofrendo isso”.

A parlamentar ainda citou o caso de uma funcionária que trabalhava no Poupatempo e foi transferida logo após fazer uma queixa. “Não vamos nos calar, isso tem que ser discutido nessa noite. Ele não sabe resolver as coisas e decide punir os funcionários”, enfatiza.

CASA GRANDE E SENZALA – Marialva ainda fez referência ao sistema que classificou como “escravocrata”. Em seu ponto de vista, Jô trata os servidores como escravos que lhe devem plena submissão sob o risco de severas punições. “Isso me lembra aquela situação em que os escravos limpavam as botas de seus senhores, ele não está entendendo que está administrando 2 mil funcionários? ”, conclui.

“CORONELISMO HEREDITÁRIO” – Segundo a vereadora, as supostas perseguições já faziam parte da administração de Joselyr Silvestre, pai de Jô. “Há 13 anos já sofríamos com isso, o pai já perseguia”. Por esse motivo, foi aprovada uma lei de sua autoria, que dispõe sobre a aplicação de penalidade à prática de assédio moral nas dependências do Poder Público. Dessa forma, qualquer funcionário que se sentir lesado, pode recorrer à Justiça.

DIREITO DE MANIFESTAÇÃO – Barreto do Mercado (PT) também comentou sobre a abertura da CP e salientou que os funcionários precisam ter coragem para lutar a favor dos seus direitos trabalhistas. “Parabéns àqueles que vão à luta, uma servidora nos procurou na quarta-feira e orientamos para que ela procure o sindicato, quem não deve, não teme. Ela está falando a verdade”.

O petista disse que, embora tenha sido frequentemente criticado por munícipes e gestores, o governo Poio não foi marcado por escândalos referentes a suspeita de perseguição e que, inclusive houve manifestações no decorrer de seu mandato. “Funcionários do Pronto Socorro se organizaram para fazer protestos, fizeram ato de paralisação e o Poio nunca os perseguiu. O direito de manifestação está em nossa Constituinte. Se não está contente, tem que falar. Não vivemos em uma ditatura. ”

OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS – O presidente da Câmara Toninho da Lorsa enfatizou que Jô tem cometido uma série de equívocos em seu governo. Neste contexto, o tucano criticou ferrenhamente as supostas tentativas de castigo arquitetadas por Jô. “Em vez de ele resolver da maneira certa recriminando o que está errado, ele faz mais errado ainda. Me causa estranheza, parece que é um castigo. A pessoa pode estar em qualquer departamento, mas vai para a Secretaria da Saúde. O que será que tem de tão ruim lá? ”, conclui.